Expectativa!! Essa era a
palavra-chave no início do curso de Introdução á Educação
Digital do Proinfo. Expectativa em conhecer e/ou aprofundar os
conhecimentos e o domínio da informática e do computador como
ferramenta capaz de facilitar o trabalho pedagógico, uma vez que
usar a tecnologia em favor da atividade docente é, hoje uma
realidade. Expectativa, principalmente por parte daqueles que nunca
tiveram contato com a máquina.
Esperava-se que,
através do curso, tivéssemos uma melhor desenvoltura com o sistema
Linux educacional, por ser esse o sistema instalado nos laboratórios
das escolas, bem diferente daquele que “possuímos” nos
computadores de nossas casas. Todavia, essa realidade não aconteceu,
o que nos leva a outra empregada empregada por alguns nesse curso:
FRUSTRAÇÃO!!!!
Frustração por não
“estudar” aquilo que esperávamos. Frustração por perceber que
o curso era mais um daqueles em que prioriza-se a leitura, reflexão
e escrita de textos, deixando de lado aquilo que realmente nos
interessa: a introdução à educação digital.
Para mim, em particular,
que já possuo um certo domínio da máquina e que tenho o curso de
Especialização em Tecnologias na Educação, essa frustração foi
ainda maior. Faço o curso apenas para cumprir uma carga horária de
trabalho e apresentar o certificado para o gestor de um município no
qual sou professora, uma vez que esse é um requisito para poder ser
liberada de um tal horário departamental. Porém, é também o que
escuto (nos bastidores) por outros colegas de curso _ inclusive do
município vizinho.
Esperávamos ter um
curso mais voltado para a prática com o uso do computador em si, e
não apenas ler e escrever textos sobre o tema.
Fica aqui registrado
como sugestão para aqueles que elaboram esses cursos: que repensem
as unidades de estudo partindo do básico _ o conhecimento da
máquina_ para em seguida e, passo a passo, conhecer os programas e
as outras especificidades que o computador pode propiciar, bem como
acesso a internet, criação e utilização de recursos interativos
como e-mail, blogs etc.
Acredito ainda que,
antes de mais nada, o formador do curso deveria ter um “outro
curso” sobre o sistema Linux _ o que facilitaria o trabalho do
mesmo. E digo isso com propriedade, uma vez que também fui
“preparada” para ser formadora do curso citado.
Todavia, o curso citado
também trouxe alguns benefícios para todos aqueles que se
propuseram a fazê-lo, bem como a prática de digitar usando o
Sistema Linux, o conhecimento de alguns componentes do computador, a
navegação na internet etc. Para aqueles que não tinham domínio do
computador em si, esse curso foi muito bom, pois dava-lhes a
oportunidade de praticar e aperfeiçoar os seus conhecimentos. Porém,
o que todos nós queríamos era algo mais voltado para a prática.
Gostaríamos por exemplo de saber utilizar o Linux e, ao mesmo tempo,
fazer a correspondência entre ele e o nosso sistema em uso nos
nossos computadores. Queríamos sair mais da teoria, da digitação e
resumo de textos e partir para uma parte mais prática da
informática. Enfim, o que esperávamos era aprender a dominar as
Tic's para poder utilizá-la com eficiência em nosso dia-a-dia de
professores. Esse é o nosso anseio para a próxima etapa: que a
prática e a teoria possam estar lado a lado, ou seja, que possamos
ter uma como aliada da outra.
Um breve percurso do
curso para fins de registro pode ser assim resumido: Num primeiro
momento fizemos a leitura e análise de textos teóricos
relacionados ao tema “Por que precisamos usar tecnologias na
escola?”. Depois, num outro momento, navegamos na internet para
vermos vídeos no You tube sobre o uso das tecnologias no mundo atual
e, consequentemente, fazer uma análise dos mesmos. Em outro encontro
pudemos, juntos com outros colegas, elaborar um projeto integrado de
aprendizagem sobre as tecnologias e os desafios de usá-las no
cotidiano. A elaboração desse projeto levou alguns encontros devido
ao tema e a dificuldade de elaborar todas as etapas do mesmo. Para
tanto foi necessário pesquisas na internet, leituras, discussões
com colegas e digitação de textos: o que nos favoreceu uma prática
de uso do computador como ferramenta de apoio, interatividade e
pesquisa.
Numa aula posterior,
pudemos conhecer as peças e partes que compõem um computador e
assistir a um vídeo que mostrava a inclusão de computadores na vida
das pessoas e o conhecimento de softwares livres.
Logo depois tivemos
aulas de como procurar na internet e baixar arquivos de música,
anti-vírus, criação de blogs, e-mails etc. Num momento posterior
tivemos acesso à criação de slides digitais no BrOffice. org
Impress e, por fim, pudemos aprender e/ou praticar o uso de alguns
recursos do Linux educacional como planilha eletrônica no BrOffice.
org calc.
Enfim, tivemos um curso
que possibilitou a aqueles que não tinham conhecimento nenhum de
informática, uma noção teórica da coisa em si. É pena que o
tempo não foi suficiente para aliar essa teoria a aulas mais
práticas, visando um melhor desempenho digital por parte daqueles
que tanto necessitam usá-la no seu fazer pedagógico.