terça-feira, 22 de novembro de 2011

Memorial do proinfo

Expectativa!! Essa era a palavra-chave no início do curso de Introdução á Educação Digital do Proinfo. Expectativa em conhecer e/ou aprofundar os conhecimentos e o domínio da informática e do computador como ferramenta capaz de facilitar o trabalho pedagógico, uma vez que usar a tecnologia em favor da atividade docente é, hoje uma realidade. Expectativa, principalmente por parte daqueles que nunca tiveram contato com a máquina.
Esperava-se que, através do curso, tivéssemos uma melhor desenvoltura com o sistema Linux educacional, por ser esse o sistema instalado nos laboratórios das escolas, bem diferente daquele que “possuímos” nos computadores de nossas casas. Todavia, essa realidade não aconteceu, o que nos leva a outra empregada empregada por alguns nesse curso: FRUSTRAÇÃO!!!!
Frustração por não “estudar” aquilo que esperávamos. Frustração por perceber que o curso era mais um daqueles em que prioriza-se a leitura, reflexão e escrita de textos, deixando de lado aquilo que realmente nos interessa: a introdução à educação digital.
Para mim, em particular, que já possuo um certo domínio da máquina e que tenho o curso de Especialização em Tecnologias na Educação, essa frustração foi ainda maior. Faço o curso apenas para cumprir uma carga horária de trabalho e apresentar o certificado para o gestor de um município no qual sou professora, uma vez que esse é um requisito para poder ser liberada de um tal horário departamental. Porém, é também o que escuto (nos bastidores) por outros colegas de curso _ inclusive do município vizinho.
Esperávamos ter um curso mais voltado para a prática com o uso do computador em si, e não apenas ler e escrever textos sobre o tema.
Fica aqui registrado como sugestão para aqueles que elaboram esses cursos: que repensem as unidades de estudo partindo do básico _ o conhecimento da máquina_ para em seguida e, passo a passo, conhecer os programas e as outras especificidades que o computador pode propiciar, bem como acesso a internet, criação e utilização de recursos interativos como e-mail, blogs etc.
Acredito ainda que, antes de mais nada, o formador do curso deveria ter um “outro curso” sobre o sistema Linux _ o que facilitaria o trabalho do mesmo. E digo isso com propriedade, uma vez que também fui “preparada” para ser formadora do curso citado.
Todavia, o curso citado também trouxe alguns benefícios para todos aqueles que se propuseram a fazê-lo, bem como a prática de digitar usando o Sistema Linux, o conhecimento de alguns componentes do computador, a navegação na internet etc. Para aqueles que não tinham domínio do computador em si, esse curso foi muito bom, pois dava-lhes a oportunidade de praticar e aperfeiçoar os seus conhecimentos. Porém, o que todos nós queríamos era algo mais voltado para a prática. Gostaríamos por exemplo de saber utilizar o Linux e, ao mesmo tempo, fazer a correspondência entre ele e o nosso sistema em uso nos nossos computadores. Queríamos sair mais da teoria, da digitação e resumo de textos e partir para uma parte mais prática da informática. Enfim, o que esperávamos era aprender a dominar as Tic's para poder utilizá-la com eficiência em nosso dia-a-dia de professores. Esse é o nosso anseio para a próxima etapa: que a prática e a teoria possam estar lado a lado, ou seja, que possamos ter uma como aliada da outra.
Um breve percurso do curso para fins de registro pode ser assim resumido: Num primeiro momento fizemos a leitura e análise de textos teóricos relacionados ao tema “Por que precisamos usar tecnologias na escola?”. Depois, num outro momento, navegamos na internet para vermos vídeos no You tube sobre o uso das tecnologias no mundo atual e, consequentemente, fazer uma análise dos mesmos. Em outro encontro pudemos, juntos com outros colegas, elaborar um projeto integrado de aprendizagem sobre as tecnologias e os desafios de usá-las no cotidiano. A elaboração desse projeto levou alguns encontros devido ao tema e a dificuldade de elaborar todas as etapas do mesmo. Para tanto foi necessário pesquisas na internet, leituras, discussões com colegas e digitação de textos: o que nos favoreceu uma prática de uso do computador como ferramenta de apoio, interatividade e pesquisa.
Numa aula posterior, pudemos conhecer as peças e partes que compõem um computador e assistir a um vídeo que mostrava a inclusão de computadores na vida das pessoas e o conhecimento de softwares livres.
Logo depois tivemos aulas de como procurar na internet e baixar arquivos de música, anti-vírus, criação de blogs, e-mails etc. Num momento posterior tivemos acesso à criação de slides digitais no BrOffice. org Impress e, por fim, pudemos aprender e/ou praticar o uso de alguns recursos do Linux educacional como planilha eletrônica no BrOffice. org calc.
Enfim, tivemos um curso que possibilitou a aqueles que não tinham conhecimento nenhum de informática, uma noção teórica da coisa em si. É pena que o tempo não foi suficiente para aliar essa teoria a aulas mais práticas, visando um melhor desempenho digital por parte daqueles que tanto necessitam usá-la no seu fazer pedagógico.

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