PROINFO
- Programa Nacional de Tecnologia Educacional
PROINFO
INTEGRADO -
Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional.
CURSO:
Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC- 100hs
FORMADOR:
Fábio Macedo de Araujo
CURSISTA:
Maria Janaina Souto Pereira.
Atividade1.1
Vivemos
em uma sociedade da aprendizagem,
na qual aprender constitui
uma exigência social crescente
que conduz a um paradoxo: cada
vez se aprende mais e cada vez se
fracassa mais na tentativa de aprender.
(Juan Ignacio Pozo). Numa sociedade assim, na
qual os alunos precisam estar/ser preparados para utilizar os
sistemas culturais de representação do pensamento que marcam uma
sociedade contemporânea, professores e alunos devem ter os
conhecimentos necessários para viver e inserir-se nesse bojo de
mudanças tecnológicas, sociais, científicas e porque não dizer,
culturais.
Todavia, há uma dicotomia muito grande no que se
refere ao desafio de preparar e ensinar o aluno para atuar
criticamente no mundo, uma vez que, a cada dia, nos deparamos com
situações que demandam o uso de diferentes recursos e,
consequentemente, o domínio de conhecimentos para saber
utilizá-los. Quem, como professor, nunca se viu diante de uma dúvida
ou mesmo constatação de que hoje o tempo dedicado ao estudo foi
ampliado, mas o nível de aprendizagem e conhecimento do aluno parece
não corresponder com aquilo que nos é imposto?
Em termos educacionais, vivemos diante de um imenso
fracasso escolar, pois ao mesmo tempo em que se exige uma amplitude
de saberes e que os recursos tecnológicos estão mais acessíveis
para todos, percebe-se que não há um interesse por parte dos
educandos para conviver e viver essa realidade. Basta vermos como
todos os alunos, independentemente da camada social na qual estão
inseridos, dominam o computador, por exemplo. Porém, se solicitado
que os mesmos usem-no para fins que não seja a participação nas
chamadas “redes sociais”, verifica-se que toda a gama de
conhecimento, adquirida até então, resume-se ao quase “nada”.
Como diz Pozo (2002), nossa sociedade vive
momentos paradoxais do ponto de vista da aprendizagem.
Para contextualizar melhor esse pensamento vale citar aqui o IDEB
(índice de desenvolvimento da educação) que avalia a qualidade de
ensino e aprendizagem da educação nos seus três níveis
fundamentais. De acordo com os resultados divulgados recentemente,
fica claro que houve certo avanço educacional em algumas escolas,
mas a grande maioria delas ainda continua bem abaixo do que é
almejado, enquanto que outras tiveram um retrocesso se comparado com
o resultado anterior. Diante dessa realidade, fica uma indagação no
ar: o que realmente está acontecendo com a educação do país? Será
que estamos realmente dotados de competências cognitivas para
aprender e para aprender a aprender aquilo que é realmente
necessário para o cotidiano. Não se trata de apenas ter acesso a
informação, mas, sobretudo, de saber usá-las em diferentes
situações e transformá-las em conhecimento propício para atuar na
vida e no trabalho.
Como educadora, acho que é preciso repensar essa nova
cultura da aprendizagem, sem, com isso, cair necessariamente em um
relativismo extremo. Sem dúvida, isso requer mudar nossas crenças
ou teorias implícitas sobre a aprendizagem e voltar o nosso olhar
para o futuro, do qual sabemos apenas que devemos formar
“ cidadãos para que sejam aprendizes mais flexíveis,
eficazes e autônomos, dotando-os de estratégias de aprendizagem
adequadas, fazendo deles pessoas capazes de enfrentar novas e
imprevisíveis demandas de aprendizagem (Pozo e Postigo, 2000).”
Esse
é o único meio de ajudá-los a enfrentar as tarefas e os desafios
que os aguardam na sociedade do conhecimento. Em suma, mudar
as formas de aprender dos alunos requer também mudar as formas de
ensinar de seus professores para poder atender às exigências dessa
nova sociedade.
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