terça-feira, 2 de outubro de 2012

Reflexões Iniciais

 
PROINFO - Programa Nacional de Tecnologia Educacional
PROINFO INTEGRADO - Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional.
CURSO: Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC- 100hs
FORMADOR: Fábio Macedo de Araujo
CURSISTA: Maria Janaina Souto Pereira.


Atividade1.1
        Vivemos em uma sociedade da aprendizagem, na qual aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez se aprende mais e cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender. (Juan Ignacio Pozo). Numa sociedade assim, na qual os alunos precisam estar/ser preparados para utilizar os sistemas culturais de representação do pensamento que marcam uma sociedade contemporânea, professores e alunos devem ter os conhecimentos necessários para viver e inserir-se nesse bojo de mudanças tecnológicas, sociais, científicas e porque não dizer, culturais.
Todavia, há uma dicotomia muito grande no que se refere ao desafio de preparar e ensinar o aluno para atuar criticamente no mundo, uma vez que, a cada dia, nos deparamos com situações que demandam o uso de diferentes recursos e, consequentemente, o domínio de conhecimentos para saber utilizá-los. Quem, como professor, nunca se viu diante de uma dúvida ou mesmo constatação de que hoje o tempo dedicado ao estudo foi ampliado, mas o nível de aprendizagem e conhecimento do aluno parece não corresponder com aquilo que nos é imposto?
Em termos educacionais, vivemos diante de um imenso fracasso escolar, pois ao mesmo tempo em que se exige uma amplitude de saberes e que os recursos tecnológicos estão mais acessíveis para todos, percebe-se que não há um interesse por parte dos educandos para conviver e viver essa realidade. Basta vermos como todos os alunos, independentemente da camada social na qual estão inseridos, dominam o computador, por exemplo. Porém, se solicitado que os mesmos usem-no para fins que não seja a participação nas chamadas “redes sociais”, verifica-se que toda a gama de conhecimento, adquirida até então, resume-se ao quase “nada”.
Como diz Pozo (2002), nossa sociedade vive momentos paradoxais do ponto de vista da aprendizagem. Para contextualizar melhor esse pensamento vale citar aqui o IDEB (índice de desenvolvimento da educação) que avalia a qualidade de ensino e aprendizagem da educação nos seus três níveis fundamentais. De acordo com os resultados divulgados recentemente, fica claro que houve certo avanço educacional em algumas escolas, mas a grande maioria delas ainda continua bem abaixo do que é almejado, enquanto que outras tiveram um retrocesso se comparado com o resultado anterior. Diante dessa realidade, fica uma indagação no ar: o que realmente está acontecendo com a educação do país? Será que estamos realmente dotados de competências cognitivas para aprender e para aprender a aprender aquilo que é realmente necessário para o cotidiano. Não se trata de apenas ter acesso a informação, mas, sobretudo, de saber usá-las em diferentes situações e transformá-las em conhecimento propício para atuar na vida e no trabalho.
Como educadora, acho que é preciso repensar essa nova cultura da aprendizagem, sem, com isso, cair necessariamente em um relativismo extremo. Sem dúvida, isso requer mudar nossas crenças ou teorias implícitas sobre a aprendizagem e voltar o nosso olhar para o futuro, do qual sabemos apenas que devemos formar
cidadãos para que sejam aprendizes mais flexíveis, eficazes e autônomos, dotando-os de estratégias de aprendizagem adequadas, fazendo deles pessoas capazes de enfrentar novas e imprevisíveis demandas de aprendizagem (Pozo e Postigo, 2000).”
Esse é o único meio de ajudá-los a enfrentar as tarefas e os desafios que os aguardam na sociedade do conhecimento. Em suma, mudar as formas de aprender dos alunos requer também mudar as formas de ensinar de seus professores para poder atender às exigências dessa nova sociedade.



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